5 dicas para entender o paladar infantil e oferecer mais sabor e nutrição
Se você desconfia que seu filho, não importa a idade, tem paladar infantil, hoje você descobrirá formas de lidar com esse problema. Sim, isso é um problema e entenderá o porquê ao longo do artigo. Para os que já ouviram falar dessa expressão, mas desconhecem sua definição exata, também será interessante a leitura.
Abordaremos as questões essenciais envolvendo o tema e esperamos contribuir para melhorar a alimentação daqueles que portam esse paladar peculiar. Inclusive, você pode ser um deles.
Mas sem mais delongas, vamos ao que interessa.
O que é paladar infantil e porque não é frescura?
É a primeira questão a se tirar de cena. Muitos enxergam o paladar infantil como frescura de gente que é “chata” para comer alimentos saudáveis. Ok, para um pai e mãe é chato mesmo batalhar para o filho largar o Toddy para mastigar um pepino. Mas as crianças, e adultos, não viram o rosto por pirraça.
O paladar infantil é uma condição desenvolvida que pode envolver tantos fatores ambientais como genéticos. Mas evitamos nos apressar. Primeiro, o que vem a ser intitulado como “paladar infantil”?
Paladar infantil é o comportamento de um indivíduo que rejeita determinados grupos de alimentos, como legumes, verduras e frutas.
Elas se queixam do gosto amargo ou da “falta de sabor” desses alimentos para justificar sua resistência. Preferem víveres carregados em açúcar ou gordura, justamente por se destacarem nesses quesitos: sabor e doce.
Ocorre que esses alimentos são normalmente industrializados, ou seja, repleto de conservantes e outras substâncias. Ingredientes que garantem o sabor aguçado, mas são míseros em relação a nutrientes.
Essas pessoas favorecem alimentos nutricionalmente pobres em detrimentos dos mais ricos.
O paladar infantil pode ser superado e se restringir ao período de infância, mas também pode se estender a vida adulta. Quando isso ocorre, pode virar um problemão.
Por que o paladar infantil potencializa problemas no futuro?
Por estimular uma alimentação pobre de nutrientes. A infância e juventude são fases essenciais para o desenvolvimento físico e cognitivo do indivíduo. Deficiência alimentar nessa fase pode comprometer o seu desenvolvimento e deixá-lo sujeito a diversos transtornos de saúde.
Na vida adulta, a pessoa com histórico de dieta pobre de nutrientes se torna vulnerável a diversas enfermidades e leva mais tempo para se recuperar
Na terceira idade, os problemas naturais e inevitáveis do envelhecimento tendem apenas a se intensificar com um corpo tão desprovido de nutrientes.
Por isso, o paladar infantil não pode ser considerado “frescura”. Trata-se de um comportamento que prejudica a saúde do indivíduo e do qual ele não consegue se libertar facilmente.
Não se trata de vontade, mas de anos e anos condicionando o paladar a se habituar a hábitos. Hábitos que colaboram para se perder a sensibilidade em relação a sabores derivados de outros com carga proteica mais favorável.
Como o paladar infantil é formado?
A formação desse transtorno pode ter como origem mais de um fator. Um deles é incontornável: genética. Não importa os cuidados e a paciência dos pais, a criança desenvolverá maior resistência a determinados grupos de alimentos.
Outro fator é o ambiental. Ou seja, os responsáveis não favoreceram uma cultura de acesso de certos alimentos na infância, seja por razões econômicas, seja por crenças pessoais. É o caso dos pais que não insistem o suficiente para a criança consumir alimentos ricos nutricionalmente e livre de componentes industriais.
Também favorece o desenvolvimento de paladar infantil, traumas causados pelo consumo forçado. Os pais impacientes forçam os filhos a ingerir alimentos contra a própria vontade, transformando a refeição de algo agradável a uma situação humilhante.
Todas essas situações favorecem a formação de hábitos alimentares nocivos. Hábitos baseados em alimentos industriais que viciam o paladar e reduzem sua sensibilidade ao que é natural.
5 dicas para oferecer mais sabor e nutrição as pessoas de paladar infantil
Uma vez que o paladar infantil é uma questão posta, é possível superá-lo? Isto é, uma pessoa com paladar infantil consegue reeducar o paladar para saborear e se acostumar com o consumo de alimentos naturais e mais saudáveis? Sim, é possível recondicionar o paladar, ou ao menos conquistar progressos valorosos nesse sentido. Assim como é possível evitar o transtorno. Para isso é necessário seguir algumas recomendações.
Apresentamos as principais nos próximos tópicos.
Confira!
1. Ofereça um cardápio variado
É papel dos pais expor a criança a sabores variados e estimulá-las a experimentar.
As crianças são influenciáveis e os produtos alimentícios industriais contam com uma grande máquina de propaganda. Uma vez que a criança é submetida a uma explosão de sabor, ela quererá repetir a dose e deixar se guiar por aquilo que lhe dá mais prazer. Independente se faz bem ou mal ao seu próprio organismo (até porque ela nem tem condições de perceber o mal que faz a si).
2. Não desista. Insista!
Pais com medo de cara feia dos filhos estão fadados a sofrer com seus desmandos e vontades no futuro. Não se renda a primeira negativa e nem a segunda. Toda semana reapresente opções saudáveis que a criança negou anteriormente para encorajá-la a aceitar e a se submeter a novas experiências.
Lembrando que não é para obrigar a criança a comer, mas insistir até que um dia ceda.
3. Prepare versões diferentes do mesmo prato
Uma boa estratégia de insistência em relação a alimentos saudáveis é elaborar versões diferentes com o mesmo ingrediente. Preparar pratos que o misture com outros ingredientes, ou temperá-los com o alimento indesejado. Uma das versões deve obter melhor receptividade.
Isto vale tanto para menores como para adultos tentando se livrar do paladar infantil.
4. Evite alimentos muito doces e gordurosos
Nos primeiros mil dias após a fase do leite, evite expor o paladar da criança a alimentos muito açucarados ou gordurosos.
Do contrário, estará incentivando a se acostumar com valores exagerados de açúcar e gordura artificiais que terão efeito de viciá-la. Outro efeito será de reduzir sua capacidade de saborear de alimentos naturais.
Essa dica também vale para os adultos com paladar infantil. Diminua o consumo de doces e salgados industriais e, gradativamente, inclua mais produtos naturais na mesa.
5. Recorra ao nutricionista
Para garantir uma dieta equilibrada e saudável na infância, a melhor saída é recorrer a um nutricionista. Ele também estará apto a orientar e preparar um cardápio de transição para o adulto.
6. Aumente o controle da alimentação dos filhos na escola
O grande calcanhar de Aquiles dos pais que se planejam para oferecer a melhor educação alimentar possível é a fase da escola. É neste ambiente que a criança passa a tomar suas próprias decisões referentes à alimentação. É quando necessita compra seus lanches na cantina.
Sem a vigilância dos pais, acabam se sentindo livres para ceder suas tentações e saciar suas vontades, ainda que culposamente.
Uma solução para esses casos é o software LancheCard. Esse programa é desenvolvido especialmente para gerenciar cantinas de escola. Pelo software as crianças conseguem fazer seus pedidos por app e os pais têm acesso ao histórico de consumo.
Mais: os pais podem bloquear o acesso de determinados alimentos do cardápio pelo celular!
Saiba mais sobre o LancheCard.
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